11 de julho de 2025
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Em entrevista, prefeita fala de problemas em obras e promete concluir hospital

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O Plantão do MS esteve em Caarapó para conversar com a primeira mulher eleita prefeita da história do município, a professora Maria Lurdes Portugal, ou apenas, Professora Lurdes (PL).

Nascida em 4 de abril de 1968, na cidade de Maria Helena, oeste do Paraná, Professora Lurdes nos contou que chegou ainda muito pequena em Mato Grosso do Sul, Lurdes foi professora por quase 12 anos e também vivenciou uma importante experiência no comércio da cidade, como lojista.

Em 2024, aos 57 anos, encarou o desafio de disputar uma eleição contra o grupo politico mais denso da cidade, contra “tudo e todos” como ela mesma citou na entrevista, Lurdes foi eleita com 55,33% , o que significou 9.516 votos .

Em uma conversa descontraída e muito receptiva, falamos da campanha de 2024, dos desafios encontrados já na primeira quinzena de seu mandato e da responsabilidade que é ser a primeira mulher a ocupar o mais alto cargo político do município.

Confira a entrevista:

Professora Lurdes, obrigada pela sua recepção.

Minha primeira pergunta é: antes das eleições de 2024, você  já tinha pensado em ser candidata?

Vou ser sincera, Mariana. Eu não cogitava e nem pensava em ser candidata. Minha família,
apesar de torcer muito por mim, resistiu pois você sabe que política é exposição. Inclusive,
minha mãe não aceitou muito bem até hoje (risos).

A eleição de 2024 foi a primeira vez que disputei um cargo eletivo. No começo, confesso que eu não queria, mas senti que as pessoas do grupo, principalmente o Mário Valério depositavam muita confiança em mim, nós pensávamos em fazer 2 vereadores, construir uma oposição mas, a aceitação da população foi tamanha que vencemos as eleições.

Quando surgiu a ideia da Jéssica ser vice na chapa, foi incrível, ela chegou pra somar muito. Sou a primeira pessoa da minha família a entrar na política.

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Existem duas obras muito díspares em seu município: A represa que apesar de inaugurada não pode receber pessoas e ainda não está finalizada e a reforma do Hospital São Matheus que já se arrasta por anos. A partir de agora, Prefeita, qual será a prioridade?

Olha, nós precisamos analisar todos os contratos. Existe muito dinheiro público na obra da
represa e já temos informações de que há problemas na obra, questões que deveriam ter sido sanadas durante a construção e que não foram encaradas com responsabilidade.

Nossa equipe está se debruçando em cada documento. Contudo, a prioridade é a finalização da obra do hospital. É uma vergonha que essa obra não tenha sido finalizada. As pessoas esperando em cadeiras improvisadas em dias de muito calor, instalações absolutamente improvisadas, profissionais tendo que “dar um jeitinho” . É o único hospital da cidade, precisamos dar condições mínimas. Nosso município é muito rico e não podemos aceitar, isso é uma vergonha.

Mas a situação não é fácil, estamos em contato com o Hospital, inclusive a construtora
responsável parou as obras e estamos entendendo a situação para poder resolver.

Sobre o Consórcio Conisul: Prefeita, você chegou no consórcio já ocupando uma cadeira no Conselho Fiscal, poucas pessoas conhecem a potência deste consórcio no Mato Grosso do Sul. Como você vê esta oportunidade?

Olha, fiquei surpresa e muito contente. O Conisul além de colaborar com o desenvolvimento no que tange a infraestrutura também é uma rica oportunidade para conseguirmos recursos para saúde. Contudo, gestores devem honrar seus compromissos e contrapartidas.

Infelizmente, nosso município ficou muito aquém nos últimos anos, com pequenos montantes a pagar, inclusive, já fui avisada que temos uma contrapartida para honrar, o que não foi feito na gestão anterior.

Quero colaborar dentro do Conselho Fiscal e conquistar recursos para Caarapó.

Prefeita, após estes primeiros dias, como você e a sua secretária de educação avaliam a situação da Rede municipal de ensino de Caarapó?

Então, Mariana. Herdamos obras inacabadas e para nossa infeliz surpresa são obras feitas com recurso próprio.

Olha a situação financeira deste município, usar apenas o dinheiro da fonte zero é irresponsável, loucura. Uma creche e uma escola que estão com as obras estão paradas e sem recurso.

Vamos correr atrás do governo estadual, dos deputados estaduais e da bancada federal de Mato Grosso do Sul.

Na educação, outro desafio é aumentar o Índice de  Desenvolvimento da Educação Básica, o IDEB, que diminuiu nos últimos dois anos.

Não adianta só dizer que vai construir escolas, tem que saber como fazer isso e garantir qualidade do ensino. Não vai ser fácil mas confio na minha equipe.

Prefeita, você é a primeira mulher a ocupar esta cadeira. Você e Jéssica entraram para história deste município. O que isso significa para você?

Olha Mariana, é uma grande responsabilidade, aliás, por sermos mulheres teremos que provar “duas vezes” a nossa competência.

Me sinto muito orgulhosa, mesmo. E vou doar tudo de mim para honrar a confiança dos mais de 9 mil votos de homens e mulheres que depositaram no meu nome a esperança de um futuro melhor. Acredito que ainda vai  demorar uns 6 meses até começarmos a imprimir um fluxo de trabalho que nós imaginamos, pegamos esse município cheio de dívidas, obras inacabadas, obras equivocadas e contas a pagar.

Mas eu confio na minha equipe. O que eu não souber vou aprender junto com minha equipe e sei que organizamos um time incrível para honrar esse mandato.

FONTE : PLANTÃO DO MS/ MARIANA

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